Ribeirão Preto possui 35 imóveis tombados, muitos em poder da propriedade privada, que não pode promover reformas sem autorização do Conppac (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural). O órgão fará um levantamento para identificar os que são realmente conservados.
Alguns destes prédios já exibem situação crítica há muitos anos, como é o caso do Casarão Albino de Camargo (na rua visconde de Inhaúma), a antiga Algodoeira Matarazzo e a casa da Caramuru, que apresentam vastas rachaduras e problemas com usuários de drogas que se aproveitam do abandono e da falta de segurança dos imóveis.
Por outro lado existem também os que foram bem aproveitados como o Theatro Pedro II, que foi restaurado e é cartão postal da cidade, e a biblioteca Altino Arantes. O edifício Diederichsen, onde funcionou a choperia Pinguim, durante muitos anos, também está apresentando rachaduras e preocupa.
Esses locais são tombados para preservação da história, já que são estruturas construídas na era dos grandes cafezais, tempos que marcaram Ribeirão como grande produtor do grão. Neles não se pode alterar qualquer estrutura, fachada ou detalhe que guarde algum indício histórico.
Os proprietários, normalmente herdeiros destes imóveis, ficam sem poder fazer muito pelo prédio e aguardam soluções da prefeitura para restauro. A presidente do Conppac, Cláudia Morrone acredita que falta visão destes donos, pois uma visitação poderia gerar lucros para eles.
A secretária da Cultura, Adriana Silva, em entrevista ao Jornal A Cidade de Ribeirão, defendeu a necessidade de um diálogo mais claro com essas pessoas sobre a responsabilidade delas para com os patrimônios e não deixar que o tombamento pareça uma imposição e um prejuízo a eles.
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