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"Eleição, como no futebol, não se ganha na véspera" (Romário)


Como dizia o saudoso Garrincha, "faltou combinar com o adversário" para que o Santos vencesse o Palmeiras, que ao contrário do que muitos santistas imaginavam não jogaria se defendendo como fez o frágil Naviraiense na Copa do Brasil, que perdeu de 10x0. O Peixe, que é líder do Paulistão, com o futebol mais atraente e com as jogadas geniais de Robinho e Neymar achou que apenas estes dois fatores bastariam para vencer o Palmeiras, porque, afinal, "quem era o Palmeiras diante do líder Santos?".






Mas os jogos são ganhos e perdidos no campo, e não fora dele. E foi no campo, em plena Vila Belmiro, que o eficiente Palmeiras derrubou o espetacular Santos retomando aquela velha discussão do futebol de resultados contra o futebol de espetáculo. Muitos defendem o futebol de espetáculo praticado pelo Santos mas o grupo que defende o futebol de resultados lembra que só o espetáculo não traz taças, é preciso ser eficiente para marcar os gols, como foi o Palmeiras (o único time que conquistou um Paulista, em 1959, na Era Pelé no Santos).
Além de espetacular, o Santos mostrou para si mesmo que ainda tem um pouco a amadurecer, principalmente o talentoso Neymar que fez uma falta infantil depois de ceder às provocações (sendo que ele próprio as faz) e ser expulso apesar dos protestos. Robinho contou com o seu "nome" e com uma "amarelada" do juiz Antônio Rogério Batista do Prado, que nem sequer lhe mostrou um cartão amarelo em sua falta. Com um time menos espetacular, o Palmeiras fez o seu jogo, viu o Santos fazer 2x0 com Pará e Neymar, mas foi buscar o empate com Robert, que marcou dois gols. Depois foi a vez do Palmeiras virar com Diego Souza, mas Madson empatou novamente para o Peixe, e já quase no final do jogo a estrela de Robert brilhou mais uma vez e a vitória alviverde por 4x3 foi selada.
Uma história que ilustra bem os opostos do jogo é a do lenhador com o seu machado. Um jovem lenhador resolveu desafiar um velho lenhador depois de vê-lo derrubando as árvores, o jovem queria mostrar que poderia ser tão bom quanto o velho, mas enquanto o jovem derrubava as árvores incessantemente (como o Santos, que atacou seguidas vezes), o velho descansava e afiava o seu machado (como o Palmeiras, que esperou o momento certo para contra-atacar).

Cem reais: momentos de glória e de clausura

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No meio de tantas outras notas, eu vivia. Todas nós estávamos bem guardadas e organizadas dentro de uma carteira antiga, que por sua vez era disposta no sossego e no frescor de uma parte de um guarda-roupa cheia de caixas de sapato, todas com tampas, uma ao lado da outra. Nada fora do lugar! Nosso dono era Leandro, um rapaz de 26 anos, que além de colecionar cédulas, colecionava também moedas e as guardava em uma caixinha de madeira talhada de flores.
Quem ajudava com a coleção eram amigos que viajavam para o exterior, pais de antigas namoradas que trabalhavam em bancos, pais de novas que, por boa vontade, doavam as moedas poupadas por décadas em cofrinhos de madeira em formato de coração por seus pais.
Às vezes Leandro exibia a coleção para alguns visitantes e não havia um que não se espantava: “Nossa, como você consegue não gastar essa nota de 100 reais?”. Apesar de ser normal que ele não gastasse (afinal de contas, aquilo era uma coleção) eu ficava toda orgulhosa, já que era a única que causava esse frisson entre as pessoas. Tudo bem que a maioria se interessava mais pelas moedas antigas e pomposas, mas e daí? Elas já não valem mais nada...
Eu nem me importava de ser a última nota do monte, já que a ordem era as cédulas internacionais, depois as nacionais que não valiam mais, depois as que valiam - da menor para a maior - e eu era a maior!
Até que um belo dia o pai de Leandro fez um acordo com o rapaz: “Filho, o carro é seu, mas a partir de agora é você quem coloca a gasolina.” Leandro ficou todo feliz, pois agora poderia ir para onde quisesse sem ter o problema de pedir para usar o meio de locomoção da família. Mas foi pego de surpresa quando percebeu que o combustível ia embora feito a água que corria da mangueira da vizinha.
E para complicar ainda mais, ele usava o carro para ir viajar todos os dias para uma cidade próxima na qual fazia mestrado.
O dinheiro que tinha não era muito, e gastava consideravelmente todo final de semana. Era a cerveja na sexta-feira, o jantar e o motel com a namorada no sábado, o cinema no domingo, sem contar as coisas inevitáveis de gastar – tinta para impressora, remédio de dor de cabeça, pedágios para as viagens diárias, presentes de aniversário, e, e, e... Nossa, quanta coisa!-
Poupar ele não conseguia, mas afinal ele ia poupar em quê? Pode até soar arrogante para quem não tem nada, mas tudo o que ele gastava era imprescindível para um jovem de 26 anos dentro dos padrões nos quais sempre viveu.
Ele esperava maior liberdade, poder sair nas cidades vizinhas, voltar a noite na hora que bem entendesse... Mas o que aconteceu foi o oposto, Leandro tinha que economizar na gasolina...A partir de então ele começou a procurar moedinhas nos cantos do sofá e também no troco do lanche dos finais de noite.
Eu o ouvia reclamar às vezes, mas ficava aliviada, já que ele jamais pensaria em me gastar – Poxa, eu era a nota mais importante no meio das demais... Era legal ter força de vontade e não gastar cem reais que estavam ali ... Parados de bobeira em uma carteira que cheirava a mofo!
Só que me enganei. E o que eu mais temia aconteceu. Não, não é só uma mulher de quarenta anos que tem medo de ser substituída por duas meninas de vinte! Eu temia ser por cinco!! E foi como o esperado... Ele me trocou por cinco de vinte! E ainda completou: “É mais fácil para gastar”
Aí fui pulando de mão em mão. Sabe como é! Ninguém ficava comigo por mais de uma semana. Foi horrível para mim, nenhum ser humano se apegou e quis me guardar para sempre!
Até que um dia (nem tão belo assim) fui parar na carteira de um velho avarento, e sabe o que ele fez? Colocou-me dentro de um banco, em um maldito cofre! O velho morria de medo de ser mandado embora do emprego e guardava qualquer dinheiro extra que viesse.
Você deve estar pensando qual o motivo da minha reclamação, já que agora eu consegui o que queria - ficar guardada para sempre -, mas não era esse o destino que eu sonhava para mim! Eu queria ser exibida, ser a única no meio de muitas, quiçá ser plastificada e pendurada no mural debaixo da tv do quarto do Leandro... Mas aqui no banco eu sou apenas mais uma, uma sardinha nadando junto com um cardume de tantas outras notas de cem!

A Corrida do Ouro

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O termo nunca foi mais apropriado. Nem na época do ouro em Minas. É o ouro que condiciona a corrida. Vou explicar. O Brasil agora é o dono do ouro, ouro negro. A descoberta do petróleo na camada pré-sal, fez o o país disparar entre os maiores detentores do poderoso óleo. O problema maior agora é atender à ganância de todos os estados, cada um acha que merece uma fatia maior que o outro. O Rio de Janeiro, simplesmente acha que merece tudo, sob a condição de não realizar as Olimpíadas e a Copa do Mundo.
Ora, a riqueza que pode nos ajudar a diminuir as igualdades que tanto marcam a sociedade brasileira, deveria então ser usada para concentrar tudo em apenas uma unidade federativa.
O nome dessas fatias é complicado, royalties, mas a pirraça e a chantagem feita pelo Rio é muito simples de resumir em apenas uma palavra, muito conhecida, EGOÍSMO.

IDOSOS NOS TEMPOS MODERNOS

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A MELHOR IDADE


O objetivo e ensinar os idosos viverem com mais facilidades, experimentando as tecnologias disponíveis a todos nós nesta época de grandes avanços informáticos. No mundo moderno hoje, temos uma grande população de idosos que buscam levar uma vida diferenciada dos costumes de seus antepassados. Com o avanço da tecnologia e também o grande bum da informatização, nossos idosos de hoje, são pessoas que participam dos meios de comunicações modernos igualmente a um jovem ou um adulto na ativa desse mundo totalmente on-line do dia-a-dia. Nesta área podemos perceber que para todos os gostos e melhor identificação, nossos experientes idosos estão aproveitando a vida muito mais que antigamente. Eles fazem caminhadas em grupos, se reúnem para jogar baralho ou fazer certos encontros de amigos mais próximos com direito a almoço, bebida e muita animação. Viagens turísticas são realizadas freqüentemente, pois o tempo nesta idade é livre o que facilita sua ausência por tempo indeterminado. Isto mostra que, realmente não se há mais responsabilidades ou dependentes que os tragam obrigações e preocupações. Enfim, um ritmo de vida mais que merecido, visto há um passado de tantas lutas e obrigações. Com o novo ritmo de vida desses idosos do século XXI, podemos analisar métodos de tratamentos usados em idosos como depressão, por exemplo, há uma grande mudança quando este indivíduo passa a participar de campeonatos de voleibol, jogo de petecas, baralhos, natação, dança, ginástica, artes plásticas e principalmente o nosso tema de estudo a informática. Os Resultados são surpreendentes quando se avalia o estado de vida de uma pessoa quando sedentária e após iniciação das atividades físicas e exercícios de memorização. É percebido uma nova pessoa. Mas para se chegar a tal sucesso o essencial é a motivação necessária em mostrar ao idoso que a vida não acabou e que ele “pode” e “consegue”. O tratamento psicológico neste momento é indispensável. Saber identificar quando um idoso está precisando de ajuda, cabe a parentes ou amigos mais próximos, quando faltar iniciativa da própria pessoa em questão. Muitas vezes o idoso em especial já está totalmente desmotivado a continuar com sua vida. Por isso aprenderemos como ajudar, convencer e principalmente mostrar a nova forma de viver que pode ser obtida com tantas opções junto aos colegas com idades iguais que vivem neste período também. Nossa meta junto a esses veteranos, não é somente ensinar novos métodos de diversão, mas também absorver suas experiências somando-as nas nossas vidas.
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Marcelo Gouvêa S. Anderson

Castro Alves

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ADORMECIDA
Castro Alves
Uma noite, eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.

'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte,
Via-se a noite plácida e divina.

Marcio Polacchini